terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Tom Jobim - Tom Jobim Inédito (1987)



























Em homenagem a um dos maiores músicos do mundo, que há 15 anos nos deixou, trago a capa do belíssimo álbum "Tom Jobim Inédito". Gravado em 1987 para a Odebrecht, e distribuído comercialmente, em tiragem limitada, no final de 1995, um ano depois de sua morte, o álbum foi relançado pela Biscoito Fino dez anos depois. Nele, Tom recria 24 de seus maiores sucessos, naquele que era considerado pelo maestro como o disco que ele mais gostou de gravar.
Tom Jobim morreu no dia 8 de dezembro de 1994, no hospital Mount Sinai em Nova York. Em suas últimas palavras, o eterno amor pelo Rio: "Quero ir para a praia! Para junto do mar... respirar a maresia... respirar...".




Eu não existo sem você
(Tom Jobim e Vinicius de Moraes) - Faixa n° 10
Com Ana Lontra Jobim e Tom Jobim

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo
Levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você

*********

Do DVD Chega de Saudade, a comovente abertura com a mesma música.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Aloysio de Oliveira e Bando da Lua - Samba These Days (1957)


























Aloysio de Oliveira foi produtor, cantor, compositor e narrador carioca. Desde pequeno, teve forte relação com a música. Ainda adolescente, em 1929, integrou o Bando da Lua. Anos depois, viajou para os Estados Unidos com seu grupo para acompanhar Carmen Miranda. Na década de 40, começou a trabalhar com Walt Disney em trilhas sonoras como consultor. Em "Alô, Amigos" cantou "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso. Foi responsável pelo lançamento do LP "Chega de Saudade", de João Gilberto, marco da bossa nova. Produziu discos da cantora Sylvia Telles, com quem foi casado e fundou a gravadora Elenco, especializada em discos de alta qualidade artística. Lançou diversos artistas em discos solo, como Edu Lobo, Nara Leão, Nana Caymmi, Vinicius de Moraes (como cantor). Morreu em Los Angeles, onde residia nos últimos anos de vida, aos 80 anos, em 1995. (Fonte: Cliquemusic)




Chatanooga Choo Choo
(M. Gordon & H. Warren, versão Aloysio de Oliveira) - Faixa n° 02
Aloysio de Oliveira e Bando da Lua

Vou explicar
O que é o Chattanooga Choo Choo
Choo Choo é um trem que vai
Que vai me levar perto de alguém

Pois numa estação
Que para o Chattanooga Choo Choo
Eu vou saltar se vou se vou
Mesmo se o trem não parar

E você pega o trem na Pensylvania Station
Às três horas e tal
Pouco a pouco vai saindo da capital
Toma um cafezinho
Tira uma pestana
Come *remenegues em Louisiana

Para o americano (?) bar
Para o brasileiro está querendo sambar
Pois o maquinista pode ser sambista
Oh oh Chattanooga there you are

Vou vou vou vou encontrar
Com certo alguém
Que lá me espera na estação
Um certo alguém
I used to call "Funny Face"
Pois lembra um pouco a Dona Grace

Quero chegar
Pois sei que lá vai ser pra lá de bom
So Chattanooga Choo Choo
Want to teach you be home
Oh Chattanooga Chatanooga

*Remenegues - é um aportuguesamento para "ham and eggs" (presunto e ovos).

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Brenda Lee - Miss Brenda Lee com The Anita Kerr Singers (1959)


























Este LP possui as mesmas músicas do disco "Grandma Waht Great Songs You Sang". Quando esteve aqui no país, fim dos anos 50 e início dos anos 60, Brenda Lee conheceu Celly Campello e ficaram amigas. Insistiu para que Celly a acompanhasse aos Estados Unidos, mas Celly não quis deixar o Brasil.

O post de hoje é dedicado ao querido amigo Beto Palaio, do ótimo blog Litteratour.




Baby Face
(Benny Davis - Harry Akst) - Faixa n° 03

A letra original

I never knew why I loved you so much
Maybe it’s the way you look at me when you get up in the morning
I didn’t need a shove,
I just fell in love,
With your little baby face

Baby face,
You got the prettiest little baby face
There isn’t another one to take your place
Baby face
You got my heart a jumpin’
You sure have started something

Baby face,
I’m up in heaven when I’m in your firm embrace
I didn’t need a shove,
I just fell in love
With your pretty little baby face

You got my heart a-jumpin’
You sure have started something

Baby face,
I’m up in heaven when I’m in your firm embrace
I didn’t need a shove,
I just fell in love
With your pretty little baby face,
Pretty little baby face,
Pretty little baby face.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Carolina Cardoso de Menezes e Conjunto - Carolina no Samba (1960)


























Favela
(Roberto Martins - Waldemar Silva)- Faixa n° 10
Piano: Carolina Cardoso de Menezes



Um pouco sobre Carolina:
"Uma das instrumentistas que mais presente esteve no desenvolvimento do rádio e da indústria fonográfica brasileira, memória viva dessa época, acompanhou inúmeros cantores em programas radiofônicos e gravações em 78 rpm. Lançou também inúmeros discos solo, com composições de grandes artistas nacionais, além de suas próprias composições. Teve fundamental importância na transposição do choro para o piano. Intérprete por excelência de Ernesto Nazareth, interpretou também Zequinha de Abreu, Pixinguinha e outros autores brasileiros. Eclética, gravou gêneros estrangeiros também, chegando a compor foxes e até mesmo um "rock", do qual foi precursora no Brasil, no final de década de 1950".
Fonte: Dicionário Cravo Albin

sábado, 24 de outubro de 2009

Lamartine Babo - Noites de Junho (1956)


























Maravilha de capa de um raro LP.
De quem será o desenho? Provavelmente, do Lan.
Se alguém souber, por favor, escreva nos comentários.
A marchinha "Isto é lá com Santo Antonio" foi gravada por Mário Reis e Carmen Miranda, em 1934.

Isto é lá com Santo Antônio
(Lamartine Babo) - faixa n° 02
Com Lamartine Babo



Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não!
Isto é lá com Santo Antônio!

Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!

Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
São João ficou zangado
São João só dá cartão
Com direito a batizado

Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!

São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho num sorriso:
Minha gente, eu sou chaveiro!
Nunca fui casamenteiro!

São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Juca Mestre And His Brasileiros - Panorama Musical do Brasil (1962)


























Mulata Assanhada
(Ataulfo Alves) - Faixa n° 02



Ô mulata assanhada
Que passa com graça
Fazendo pirraça
Fingindo inocente
Tirando o sossego da gente

Ô mulata se eu pudesse
E se meu dinheiro desse
Eu te dava sem pensar
Este céu, esta terra, este mar
Ela finge que não sabe
Que tem feitiço no olhar

Ai meu Deus, que bom seria
Se voltasse a escravidão
Eu comprava essa mulata
E prendia no meu coração
E depois a pretoria
É que resolvia a questão

domingo, 4 de outubro de 2009

Música de Ary Barroso, Canta Silvio Caldas (1953)


























No Rancho Fundo
(Ary Barroso - Lamartine Babo) - Faixa n° 01
Canta: Silvio Caldas



Curiosidade
A música foi composta por Ary Barroso, com versos de J. Carlos, para a revista musical "É do Outro Mundo" (alguns pesquisadores citam a revista "É do Balacobaco"). Com o nome "Na Grota Funda", teve a interpretação de Aracy Cortes. Durante a apresentação da peça, Lamartine Babo ficou tão impressionado com a melodia que resolveu fazer outros versos dando-lhe novo título: "No Rancho Fundo". A primeira gravação em disco foi da cantora Elisinha Coelho e tornou-se um clássico imortal da música popular brasileira.

No Rancho Fundo

No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade

No rancho fundo
De olhar triste e profundo
Um moreno canta as mágoas
Tendo os olhos rasos d'água

Pobre moreno
Que de tarde no sereno
Espera a lua no terreiro
Tendo o cigarro por companheiro

Sem um aceno
Ele pega na viola
E a lua por esmola
Vem pro quintal deste moreno

No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria
Nem de noite nem de dia

Os arvoredos
Já não contam mais segredos
Que a última palmeira
Já morreu na cordilheira

Os passarinhos
Enterraram-se nos ninhos
De tão triste essa tristeza
Enche de treva a natureza

Tudo por que
Só por causa do moreno
Que era grande hoje é pequeno
Para uma casa de sapê

segunda-feira, 6 de julho de 2009

100 Anos de Copacabana - Vários (1992)


























Copacabana, um dos bairros mais charmosos e lindos do Rio, completa hoje 117 anos. Em comemoração à data, trouxe um LP lançado em julho de 1992, época de seu centenário. A amiga Elizabeth, do Rio que Mora no Mar, criou e desenvolveu toda a Programação Oficial do Centenário e a ela agradeço o envio da imagem.
Parabéns, "Princesinha do Mar"!


Copacabana de Sempre - Os Cariocas
De Menescal e Bôscoli



LP - 100 Anos de Copacabana

1. Copacabana de Sempre / Grupo Roberto Menescal
2. Mocinho Bonito/ A banca do distinto
3. Não vou pra Brasília / Emilio Santiago
4. Velho Calçadão / Aquarius
5. Um Mar de Cidade / Clarisse
6. Copacabana de Nossa Senhora / Altay Veloso
7. Valsa de Uma Cidade / Be Happy
8. Sábado em Copacabana / Danilo Caymmi
9. Superbacana / Fatima Guedes
10. Copacabana / Os Cariocas
11. Sem Você, Até Copacabana é Triste / Marcos Valle
12. Rio Antigo / Maria Creuza
13. Do Um Ao Seis / Moacyr Luz

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Herbie Mann - Sugarloaf (1968)


























One Note Samba
(Tom Jobim) - Faixa nº 05
Flauta: Herbie Mann

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Tom & Dito - Obrigado Corcovado (1971)



























Madrugada
Faixa nº 05

domingo, 5 de abril de 2009

Luiz Carlos Vinhas e Emilio Santiago - Ao Vivo (1974)


























Muito à Vontade
(João Donato) com Luiz Carlos Vinhas
Só Lágrimas
(?) com Emílio Santiago e Vinhas
Faixa nº 05



Luiz Carlos Vinhas foi um dos grandes expoentes da bossa nova. Trabalhou como pianista no Beco das Garrafas, além de participar dos discos de Elis Regina, Quarteto em Cy, Jorge Benjor e Maria Bethania, entre outros. Formou com Tião Neto (baixo) e Edison Machado (bateria), um dos primeiros conjuntos instrumentais da bossa nova, o Bossa Três. Com o grupo, viajou para os Estados Unidos em 1962, apresentando-se no programa de Ed Sullivan e gravando três LPs, lançados pela Audio Fidelity em Nova York.

Fonte: Dicionário Cravo Albin de MPB

Eduardo Dusek - Brega Chique (1984)


























Eduardo Dusek é ator, cantor e compositor. Nascido no Rio de Janeiro, começou cedo a carreira artística como pianista de peças de teatro. Mais tarde passou a compor suas próprias canções e montou uma banda.

Muitas de suas composições aliam sátira e bom humor. O LP "Brega Chique", cuja faixa-título mais conhecida como "Doméstica", é uma sátira social no clima do teatro besteirol da época.

Brega Chique (Doméstica)
(Eduardo Dusek) - Faixa nº 07



Foi trabalhar recomendada pra dois gringos
Logo assim que chegou do interior
Era um casal tipo metido a grã-fino
Mas o salário era tipo um horror
A tal da madame
Tinha a mania esquisitona de bater
Lhe baixava a porrada
Quando a coisa tava errada
Não queria nem saber

Doméstica
Ela era doméstica
Sem carteira assinada
Só caía em cilada
Era empregada doméstica

Nunca notou a quantidade de giletes
Não reparou a mesa espelhada do salão
Não perguntou o que que era um papelote
"Baixou os homi" e ela entrou no camburão
Na delegacia
Sua patroa americana ameaçou
Lembra que eu sou uma milionária
Eu fungava de gripada
Não seja otária, por favor

Doméstica
Traficante disfarçada de doméstica
Era manchete nos jornais
O casal lhe deu pra trás
Sujando brabo pra doméstica

No presídio aprendeu com as "companheira"
A se dar bem a descolar como ninguém
Ficou famosa no ambiente carcerário
Como a mulata que nasceu pra ser alguém
Pois não é que a...

Doméstica
Conseguiu uma prisão doméstica
Saiu por bom comportamento
Mas jurou nesse momento
Vingar a raça das domésticas

Então alguém lhe aconselhou logo de cara
Dá um passeio e vê se arranja algum barão
Porque melhor que interior ou que uma cela
É ter turista e faturar no calçadão
Até que um dia
Um Mercedinho prateado buzinou
Era um louro alemão
Que lhe abriu a porta do carro
E lhe tacou um bofetão

Doméstica
Virou uma baronesa doméstica
Mesmo com as taras do barão
Segurou a situação
Levando uma vida doméstica

Realizada em sua mansão em Stuttgart
Ouvindo Mozart e Beethoven de montão
Com um pivete mulatinho pela casa
Que era herdeiro e de olho azul como o barão
Precisou de uma babá
Botou um anúncio bilíngüe no jornal
Seu mordomo abriu a porta
Pruma loira meio brega
Uma yankee de quintal

Doméstica
Era a americana de doméstica
A nega deu uma gargalhada
Disse agora tô vingada
Tu vai ser minha doméstica


Serra da Boa Esperança
(Lamartine Babo) - Faixa nº 11



Serra da Boa Esperança
Esperança que encerra
No coração do Brasil
Um punhado de terra
No coração de quem vai
No coração de que vem
Serra da Boa Esperança
Meu último bem

Parto levando saudades
Saudades deixando
Murchas caídas na serra
Bem perto de Deus
Oh, minha serra
Eis a hora do adeus
Vou-me embora
Deixo a luz do olhar
No teu luar
Adeus

Levo na minha cantiga
A imagem da serra
Sei que Jesus não castiga
Um poeta que erra
Nós os poetas erramos
Porque rimamos também
Os nossos olhos nos olhos
De alguém que não vem

Serra da Boa Esperança
Não tenhas receio
Hei de guardar tua imagem
Com a graça de Deus
Oh minha serra
Eis a hora do adeus
Vou-me embora
Deixo a luz do olhar
No teu luar
Adeus

quarta-feira, 11 de março de 2009

Villa Lobos - Hekel Tavares - Orquestra Sinfônica Petrobras Pró Música (2002) CD

Antes de falar do disco de hoje, gostaria de agradecer aos amigos pelos gentis comentários no post do primeiro aniversário do blog e dos 444 anos do Rio. Um grande abraço a vocês: J. A. Montano, Martoni, Beth, Luiz Eduardo, Beto Palaio, Gilberto Cruvinel, Sérgio, Tereza, Adalberto Day, Figbatera, Florio e Adelino, fiel leitor desde o primeiro post.

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O disco de hoje traz na capa, além dos compositores Villa Lobos e Hekel Tavares, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, palco de grandes espetáculos clássicos. Eu pretendia ter feito a publicação no último dia 5, data de nascimento do compositor Villa-Lobos e Dia Nacional da Música Clássica, instituído pelo decreto presidencial no dia 14/01/2009. Por motivo de viagem, só hoje o post vai ao ar.


























Com a excelente Orquestra Sinfônica Petrobras Pró Música, acompanhada pelo pianista Arnaldo Cohen e regência de Roberto Tibiriçá, escolhi duas faixas para a apreciação dos leitores e ouvintes.

O Trenzinho do Caipira
(Villa-Lobos) - Faixa nº01


Ponteio
(Hekel Tavares) - Faixa nº03


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O texto do documento sobre a Data Comemorativa, publicado no site do Ministério da Cultura:

"Decreto presidencial institui 5 de março como o 'Dia Nacional da Música Clássica'

O Brasil ganhou mais uma data comemorativa, o Dia Nacional da Música Clássica. O presidente da República, Lula da Silva, e o ministro da Cultura interino, Alfredo Manevy, assinaram o Decreto que instituiu a celebração em 5 de março.

O dia escolhido recaiu na data de nascimento de um dos maiores compositores brasileiros: Heitor Villa-Lobos. Com o Decreto - que reconhece a importância desse segmento musical para o país - espera-se que a música clássica torne-se mais conhecida por uma parcela maior da população e seja inserida na educação dos jovens.

A partir de agora, a música será homenageada no país nas seguintes datas: 14 de setembro, Dia do Frevo; 27 de setembro, Dia da Música Popular Brasileira; 22 de novembro, Dia Nacional da Música e do Músico; e 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba; além de 5 de março".

domingo, 1 de março de 2009

Rio de Janeiro - 444 Anos

Fundada por Estácio de Sá, no dia 1º de março de 1565, a cidade do Rio de Janeiro comemora hoje seus 444 anos. Junto com o aniversário da cidade, Rio em Disco completa seu primeiro ano de existência. Um agradecimento especial aos leitores e amigos que participam e contribuem, direta ou indiretamente, para que este projeto tenha continuidade.

Parabéns à Cidade Maravilhosa por sua riqueza musical e sua exuberante paisagem!











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Lindolfo Gaya - Carlos Machado Apresenta Rio de 400 Janeiros (1965)


























Rio
(Ary Barroso) - Faixa nº 06




Curiosidades

- A capa deste LP traz Vista do Rio de Janeiro – Tomada da Igreja de Nossa Senhora da Glória, gravura de Rugendas de 1835.

- Outro fato curioso é sobre a Elenco, de Aloysio de Oliveira. Segundo Ruy Castro, em seu livro Chega de Saudade, a Elenco era a única gravadora brasileira cujos discos eram procurados nas lojas pelo selo. Em três anos (de 1963 a 1966), sob a direção de Aloysio, a Elenco produziu cerca de 60 discos estrelados por Tom Jobim, Roberto Menescau, Baden Powel, Dick Farney, Lucio Alves, Sylvinha Telles, Sergio Ricardo, João Donato, Edu Lobo e Nara Leão, entre outros. As capas dos discos eram sempre brancas com fotos em preto-e-branco processadas em alto contraste.

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Altamiro Carrilho - Feliz Aniversário, Rio (1965) Compacto Duplo


























Cidade Maravilhosa (André Filho)
Hino ao Rio (Altamiro Carrilho - Dalton Vogeler) Locução Paulo Roberto
Primavera no Rio (João de Barro)
O Rio Será Sempre o Rio (Silvino Neto)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

É Carnaval!

É tempo de Carnaval, principal festa popular do Brasil. O Rio de Janeiro respira samba, alegria, marchinhas e fantasias. A homenagem do Rio em Disco começa com Lamartine Babo (1904 – 1963), compositor carioca que criou lindas melodias, mas que merece destaque especial por suas primorosas marchinhas, até hoje tocadas e lembradas em todo o país.

Em 1955, Lalá, como era carinhosamente chamado, gravou seu primeiro LP pela Sinter: "Carnaval de Lamartine Babo". Com direção musical do maestro Lírio Panicalli e repertório composto na década de 30, aí está sua melhor produção carnavalesca. A criação da capa é do caricaturista Lan.


























Carnaval Brasil (pout-pourri)


- Carnaval Brasil ou Hino do Carnaval Brasileiro (Lamartine Babo)
- Aí hein! (Lamartine Babo e Paulo Valença)
- Uma Andorinha não faz Verão (Lamartine Babo e João de Barro)
- Rasguei Minha Fantasia (Lamartine Babo)
- Boa Bola (Lamartine Babo e Paulo Valença)
- Moleque Indigesto (Lamartine Babo)
- Ride Palhaço (Lamartine Babo)

O Teu Cabelo Não Nega (pout-pourri)


- O Teu Cabelo Não Nega (Lamartine Babo e Irmãos Valença)
- História do Brasil (Lamartine Babo)
- Linda Morena (Lamartine Babo)
- Marchinha do Grande Galo (Lamartine Babo e Paulo Barbosa)
- Marcha do Amor (Lamartine Babo)
- Grau Dez (Lamartine Babo e Ary Barroso)







Herivelto Martins (1912 - 1992) é o segundo homenageado. Pai do cantor Pery Ribeiro, formou o famoso Trio de Ouro (1936) com Nilo Chagas e Dalva de Oliveira. Lançado pela gravadora Mocambo, em 1957, "Carnaval de Rua de Herivelto Martins" traz o ótimo samba "Praça Onze" e Ary Barroso apresentando o LP.


























Apresentação - Ary Barroso


Praça Onze


Faixas
1 - Apresentação Ary Barroso
2 - Saudosa Mangueira (H. Martins)
3 - Lá Em Mangueira (H. Martins e H. dos Prazeres)
4 - Laurindo (H. Martins)
5 - Mangueira Não (H. Martins e Grande Otelo)
6 - Acorda Escola de Samba (H. Martins e Benedito Lacerda)
7 - Praça Onze (H. Martins e Grande Otelo)
8 - Bom Dia Avenida (H. Martins e Grande Otelo)
9 - Noite Enluarada (H. Martins e H. dos Prazeres)







Encerrando o Baile de Carnaval, o CD do musical "Sassaricando – E o Rio Inventou a Marchinha". Com roteiro, pesquisa e concepção da historiadora Rosa Maria Araújo e do jornalista Sérgio Cabral, o musical resgata as marchinhas de carnaval e, consequentemente, a história do Rio de Janeiro. Com direção musical de Luis Filipe de Lima, o espetáculo estreou no Rio em 2007, já percorreu outros estados brasileiros e está novamente em cartaz no Rio. As músicas são interpretadas por Eduardo Dussek, Soraya Ravenle, Sabrina Korgut, Pedro Paulo Malta, Alfredo Del Penho e Juliana Diniz.


























Uma pequena amostra do CD duplo que pode ser adquirido aqui, no site da Biscoito Fino.

Pirata da Perna-de-Pau (João de Barro)
Diabo sem Rabo (Haroldo Lobo / Milton de Oliveira)
Pó de Mico (Renato Araújo / Dora Lopes e A. Souza)
Mamãe eu Quero (Jararaca / Vicente Paiva)
Marcha do Cordão do Bola Preta (Nelson Barbosa / Vicente Paiva)
Sassaricando (Luiz Antônio / Oldemar de Magalhães / Zé Mário)


Marcha do remador (Antônio Almeida / Oldemar Magalhães)
Cidade Maravilhosa (André Filho)






BOM CARNAVAL A TODOS!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Carmen Miranda em Suas Inesquecíveis Criações (1955)

Comemora-se hoje, 9 de fevereiro de 2009, o Centenário de Nascimento de Carmen Miranda. Em 1955, logo após a morte da Pequena Notável, a RCA Victor lançou uma coletânea de sucessos extraordinários com interpretação da grande cantora. Minha homenagem a ela será a repetição deste tributo, com admiração e reconhecimento por sua magnífica contribuição à Música Popular Brasileira.



























quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Dick Farney - As Duas Maneiras de Dick Farney: Dick na Broadway - Dick em Ipanema (1972)


























Você
(Roberto Menescal-Ronaldo Bôscoli) - Faixa nº 09
Cantam: Dick Farney e Norma Bengell



Você manhã de tudo meu
Você que cedo entardeceu
Você de quem a vida eu sou
E sei mas eu serei

Você um beijo bom de sol
Você de cada tarde vã
Virá sorrindo de manhã

Você um riso rindo à luz
Você a paz de céus azuis
Você sereno bem de amor em mim

Você tristeza que eu criei
Sonhei você pra mim
Vem mais pra mim
Mas só

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Contracapa do disco

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Jerzy Milewski - Tocando Brasil (1992)


























Disco comemorativo aos 70 anos da Atlantic (Independente)



Descendo a Serra
(Pixinguinha e Benedito Lacerda) - Faixa nº 03

Jerzy Milewski - violino
Aleida Schweitzer - piano
Chiquito Braga - cavaquinho e violão
Luiz Alves - baixo
Mamão - bateria e percussão

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Severino Araújo e Orquestra Tabajara - Tabajara Plays Jobim (1995) CD


























Anos Dourados
(Chico Buarque e Tom Jobim) - Faixa nº 11



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Sobre a Orquestra Tabajara

"Inspirada nas big bands norte-americanas, a Orquestra anima bailes, festas e gafieiras desde os anos 40 até hoje, totalizando mais de 13 mil apresentações. Além de atuar em bailes e festas, a Orquestra Tabajara trabalhava em emissoras de rádio. Com grande popularidade, a Orquestra gravou mais de 100 discos de 78 rpm, batendo recordes de longevidade, além de alicerçar o trabalho de cantores como Jamelão, com quem gravou dois discos-tributos a Lupicínio Rodrigues. Durante a existência do Circo Voador, no Rio de Janeiro, a Tabajara era a atração tradicional dos domingos, com a Domingueira Voadora. O repertório é composto tanto de clássicos do jazz e da canção norte-americana quanto de temas da música brasileira. Severino Araújo, que foi aluno de Koellreuter, é autor de várias músicas executadas pela Orquestra, e comemorou seus 80 anos ainda à frente do grupo, regendo e ensaiando."

Fonte: Orquestra Tabajara

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Carolina Cardoso de Menezes e Orlando Silveira - Honeymoon in Rio (1956)


























Em comemoração ao Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, aqui está uma das mais belas capas com imagem da Cidade Maravilhosa. O disco traz interpretações de Carolina Cardoso de Menezes (ao piano) e Orlando Silveira (no acordeon).

Com Que Roupa
(Noel Rosa) - Faixa nº 10
Piano: Carolina C. Menezes



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Foi com alegria que recebi de três blogueiros a indicação ao "Prêmio Dardos". Meus agradecimentos ao amigo Martoni, do Rádio Forma & Elenco, ao Márcio Proença, do Sombaratinho e a Marcia Weber, do Festivais da Canção. Confiram os três excelentes blogs.



O prêmio visa "reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras"

O premiado deve seguir as seguintes instruções:

- Exibir a imagem do selo em seu blog
- Linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação
- Escolher outros 15 blogs a quem entregar o PRÊMIO DARDOS
- Avisar aos escolhidos

Peço licença para fugir à regra e indicar apenas 5 blogs:

Copacabana de Toledo, da Ana
Mais ou Menos Nostalgia, do Adelino
Rádio-Vitrola, do Valter
Rio de Janeiro Metblogs, do Nando
Rio que Mora no Mar, da Elizabeth

Um abraço a todos e parabéns aos indicados.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sergio Murilo - Sergio Murilo (1959)



























Nascido no Rio, em 1941, Sergio Murilo começou sua carreira artística aos 12 anos como apresentador infantil da TV Rio. Poucos anos depois, recebeu prêmios como cantor em programas de rádio participando do elenco do programa Trem da Alegria, da Rádio Tamoio. Em 1959, começa a cantar na Rádio Nacional e é contratado pela Columbia, que lança "Menino Triste" e "Mudou Muito". Em seguida, graças a outros sucessos como "Broto Legal", "Rock de Morte" e "Marcianita" (regravada mais tarde por Caetano Veloso), surge o primeiro LP, "Sergio Murilo". A Revista do Rock o elegeu Rei do Rock por suas versões de sucessos norte-americanos, notadamente de Paul Anka e Neil Sedaka. Nos anos 60 apresentou o programa Alô Brotos, com Sônia Delfino da TV Tupi, mas depois perdeu espaço no meio artístico e morou por uma época no Peru.
Sergio Murilo morreu em 1992.

Fonte: Clique Music


Marcianita | Faixa nº 01

Esperada marcianita
Asseguram os homens de ciência
Que em dez anos mais tu e eu
Estaremos bem juntinhos
E nos cantos escuros do céu falaremos de amor

Tenho tanto te esperado
Mas serei o primeiro varão
A chegar até onde estás
Pois na terra sou logrado
Em matéria de amor
Eu sou sempre passado pra trás

Eu quero um broto de Marte que seja sincero
Que não se pinte nem fume e
Nem saiba sequer o que é rock and roll

Marcianita branca ou negra
Gorduchinha magrinha baixinha ou gigante
Serás meu amor
A distância nos separa
Mas no ano 70 felizes seremos os dois

domingo, 11 de janeiro de 2009

Lee Ritenour - Rio (1979)



















































Sun Juan Sunset
Eumir Deodato - Faixa nº 02
Guitarra: Lee Ritenour



Desde sua primeira vinda ao Brasil, em 1973, o guitarrista americano Lee Ritenour ficou apaixonado pela música brasileira. Depois do LP Rio (1979), mais tarde reproduzido em CD (1985), Ritenour gravou ainda:
- A Twist of Jobim (1997), com Águas de Março, Dindi e Garota de Ipanema
- Two Worlds (2000)- Lee Ritenour e Dave Grusin, tendo uma das Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos
- World of Brazil (2005), álbum onde ele faz uma homenagem à Bossa Nova e ao Samba, com versões para o jazz contemporâneo de canções de Caetano Veloso e Ivan Lins, entre outros.

Maysa - Canecão Apresenta Maysa (1969)


























Inaugurado em 1967, o Canecão é uma das mais importantes casas de shows do Rio de Janeiro e do Brasil. Em 1969, ele passou por uma reforma que contou com instalação de projetores de cinema, sistemas de som e luz, avançadíssimos para a época. Esta reestruturação foi feita para a apresentação do memorável espetáculo de Maysa.

Gravado ao vivo, selecionei do LP a faixa nº 08, com os seguintes sucessos da cantora: Tarde Triste, Meu Mundo Caiu e Ouça. As três composições são de autoria da própria Maysa.


Tarde Triste | Meu Mundo Caiu | Ouça

Tarde Triste

Tarde triste me recorda
Outros tempos
Que saudade
Que saudade

Vivi só
Num turbilhão de pensamentos
De saudade
De saudade

Por onde andará quem amei
Será que também vive assim
Sofrendo como só eu sei
Pensando um pouquinho em mim

Tarde triste
Noite vem
Já está descendo
E eu sozinha sofrendo

Meu Mundo Caiu

Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

Ouça

Ouça vá viver
A sua vida com outro bem
Hoje eu já cansei
De pra você não ser ninguém

O passado não foi o bastante
Pra lhe convencer
Que o futuro seria bem grande
Só eu e você

Quando a lembrança
Com você for morar
E bem baixinho
De saudade você chorar

Vai lembrar que um dia existiu
Um alguém que só carinho pediu
E você fez questão de não dar
Fez questão de negar

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Maysa


"Olhos de gato, voz de veludo, um meio sorriso e um temperamento pronto para explodir."

Começa bem o ano de 2009. A partir de hoje, a Rede Globo nos apresenta a minissérie "Maysa - Quando Fala o Coração", dirigida por Jayme Monjardim, filho da artista, e escrita por Manoel Carlos.
Em homenagem à cantora, republico o post de 19 de Março de 2008, onde Maysa canta Barquinho (1961), de Menescal e Bôscoli.

"Maysa, uma mulher apaixonada e apaixonante, que cantava e encantava."


























O Barquinho
(Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli) - Faixa nº 1
Canta: Maysa



Dia de luz
Festa de sol
E um barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão e o amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que desliza sem parar
Sem intenção nossa canção
Vai saindo desse mar e o sol
Beija o barco e luz
Dias tão azuis

Volta do mar desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar
Céu tão azul ilhas do sul
E o barquinho coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz tudo isso traz
Uma calma de verão e então
O barquinho vai
A tardinha cai
O barquinho vai